Carlos Bracher, pintor, residente em Ouro Preto - MG, nos presenteou com uma belíssima "Carta à Humanidade", em forma de vídeo. É de uma beleza e de uma profundidade tão grandes que resolvi compartilhá-la com vocês aqui nesse Blog. Vale a pena ver tudo, saborear cada frase e cada imagem e, sobretudo, refletir. O link da "Carta" é o seguinte:
Vejam o comentário que João Cândido Portinari, filho do pintor Cândido Portinari, postou no Facebook sobre essa "Carta" do Bracher:
"Carlos querido,
ainda trêmulo de emoção, levado às lágrimas por tua prece telúrica e, ao mesmo tempo, tão sensível e delicada. Como você, meu querido amigo! Esta prece é você, é Carlos Bracher, é a tua alma tocando nossos corações, grito-sussurrando às nossas almas. Não tenho palavras para expressar minha gratidão. Vou compartilhar à exaustão!
Meu pai, ao escrever o seu livro de poemas, declarou: "quanta coisa eu contaria, se pudesse, e soubesse, ao menos, a língua como a cor"... Meu Carlinhos querido, você, também imenso pintor, pode, e sabe, a língua como a cor!
Esta língua que certa vez minha colega na PUC --- Maria Cândida como minha filha ---, me contou, quando lhe perguntei o que significava "ser humano" em tupi-guarani, e ela respondeu-me "aquele que domina a linguagem"...
Mas teu filme em nenhum momento fala em dominar, no sentido intelectual, muito ao contrário. Não, não é o domínio da mente, que nele nos é revelado, mas o infinito AMOR do espírito.
Esse hausto poderoso de luz que, através de você, nos traz um cântico auroral, um cântico ancestral e imorredouro nascendo da tua porosa humanidade.
(ao acabar de assistir tua fabulosa "Carta à Humanidade", sucedeu uma epifania quase mágica aqui em casa. Pois no instante em que apareciam os créditos aos nossos queridos Blima, Larissa e Fred, ouço os gritos de Maria, que assistia ao noticiário da Globonews. Corro ver o que era, e me deparo com uns pescadores em êxtase diante de uma belíssima onça pintada que nadava serenamente ao lado do barco, no meio do rio...)
Um abração grato e fraterno, e com tantas saudades, do seu João"
Caro Frei Basílio, paz e bem.
Acabei de ver seu blog, e qual não foi minha surpresa em ler logo de entrada a "Carta à Humanidade" escrita em forma de filme por Carlos Bracher.
Como bem o disse João Cândido, filho de Portinari, é difícil não ver o filme sem a emoção em forma de lágrimas.
Conheço Carlos Bracher há mais de 40 anos e vi nessa sua carta tudo aquilo que ele transcende, seja em sua arte, no respeito e na generosidade com as pessoas. Sempre com seu coração aberto para com seus pares. Muitas vezes raros nos nosso meio artístico. Vou compartilhar com meus amigos. Estamos, mais do que nunca, nesse momento, ávidos de ver e sentir …