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Noviciado São Benedito - Montes Claros - Recolhimento Mensal Abril/20

Atualizado: 26 de jun. de 2020

NOVICIADO SÃO BENEDITO

RECOLHIMENTO MENSAL ABRIL 2020


1. Recolhimento, ato ou efeito de recolher-se. Como exercício espiritual, recolher-se ao ‘lugar’ onde eu me encontro com o meu verdadeiro e autêntico eu, o meu eu profundo; onde está a fonte da verdadeira paz, cultivar e alargar a dimensão interior, a minha interioridade: eu e mim mesmo, onde posso dialogar comigo mesmo, e encontrar em mim Aquele que me habita.


“Algún dia

en cualquer parte

indefectiblemente

has de encontrarte contigo mismo

y solo de ti depende,

que sea la más amarga de tus horas

o tu momento mejor.” (Combi)

“Tu, Senhor onipotente,

tu só te revelarás a mim

na medida em que me revelares

quem eu sou.

Pois foi assim que, um dia, me disseste:

‘só quando tu te conheceres a ti mesmo,

é que, então, me encontrarás. ‘

Por isso, Senhor,

dá-me ver quem eu sou,

para que possa ver quem tu és

e, assim, ser para sempre teu!”

Nicolau de Cusa (1401-1464) – Concílio de Basel (1432)

2. Admoestações de São Francisco: VIII, IX, X, XI, XII, XVII, XIX, XXI, XXII, XV (Das Fontes Franciscanas /franciscanos.org.br)

8 - DO PECADO DA INVEJA A EVITAR - Diz o Apóstolo: "Ninguém pode dizer: 'Jesus é o Senhor', senão no Espírito Santo" (1Cor 12,3), e: "Não há quem faça o bem, não há sequer um só" (Rm 3,12). Todo aquele, pois, que tem inveja do seu Irmão por causa do bem que o Senhor por ele diz e faz, comete pecado de blasfêmia, porque tem inveja do próprio Altíssimo, que é quem diz e faz todo o bem. 9 - DA CARIDADE - Diz o Senhor: "Amai os vossos inimigos", etc. (Mt 5,44). Ama verdadeiramente o seu inimigo aquele que não se contristar pela injúria dele recebida, mas por amor de Deus se afligir com o pecado que está na alma dele, e por meio de obras lhe manifesta sua caridade. 10 - DA DISCIPLINA DO CORPO - Há muitos que, pecando ou recebendo alguma injúria, costumam lançar a culpa sobre o inimigo ou sobre o próximo. Mas assim não é na realidade, porquanto cada um tem sob o seu domínio o inimigo, isto é, o próprio corpo, por meio do qual ele peca. Feliz, pois, o servo (Mt 24,46) que, de contínuo, trouxer tal inimigo sob o seu jugo e dele prudentemente se acautelar. Porque, enquanto assim agir, nenhum outro inimigo visível ou invisível lhe poder fazer mal. 11 - QUE NINGUÉM SE DEIXE SEDUZIR PELO MAU EXEMPLO DE OUTREM - Ao servo de Deus nada deve desagradar senão o pecado. Mas se uma pessoa pecasse de qualquer forma que seja, e o servo de Deus ficasse por isso perturbado e enraivecido - a não ser por caridade - "entesouraria riquezas" (Rm 2,5) de culpa para si. Vive realmente sem nada de próprio aquele servo de Deus que não se enraivece nem se perturba por causa de ninguém. E bem-aventurado aquele que nada retém para si, mas " dá a César o que de César, e a Deus o que é de Deus" (Mt 22,21). 12 - DE COMO SE RECONHECE O ESPÍRITO DO SENHOR - Eis o meio de reconhecer se o servo de Deus tem o Espírito do Senhor. Se Deus por meio dele operar alguma boa obra, e ele não o atribuir a si, pois o seu próprio eu é sempre inimigo de todo bem, mas antes considerar como ele próprio é insignificante e se julgar menor que todos os outros homens. 17 - DO SERVO DE DEUS HUMILDE - "Bem-aventurado o servo" (Mt 24,46) que não se envaidece com o bem que o Senhor diz e opera por meio dele mais do que com o que o Senhor diz e opera por meio de outrem. Peca o homem que exige do seu semelhante mais do que ele mesmo daria de si ao Senhor seu Deus. 19 - ENTREGAR AO SENHOR TODO BEM - Bem-aventurado o servo que entrega todos os seus bens ao Senhor seu Deus; porquanto, quem para si retém alguma coisa "esconde o dinheiro do seu amo" (Mt 25,18), e "o que julgava possuir ser-lhe-á tirado" (Lc 8,18). 21 - VERDADEIRA E FALSA ALEGRIA - Bem-aventurado o religioso que não sente prazer nem alegria senão nas santas palavras e obras do Senhor e por elas conduz os homens em júbilo e alegria ao amor de Deus. E ai do religioso que se deleita com palavras ociosas e fúteis e, por esse meio, leva os homens a dar risadas. 21. DO RELIGIOSO FRÍVOLO E LOQUAZ - Bem-aventurado o servo que não fala por interesse de recompensa nem manifesta tudo o que pensa nem é "precipitado no falar" (Pr 29,20), mas calcula antes sabiamente o que deve dizer e responder. Ai do religioso que não conserva no fundo do seu coração (cf. Lc 2,51) os bens com que o Senhor o favorece e aos outros não os manifesta por suas obras, mas antes, na esperança de alguma recompensa, procura mostrá-los aos homens por palavras. E esta ser toda sua recompensa, e os seus ouvintes colherão pouco fruto. 25 - DA VERDADEIRA CARIDADE - Bem-aventurado o servo que ama ao seu confrade enfermo, que não lhe pode ser útil, tanto como ao que tem saúde e está em condições de lhe prestar serviços. Bem-aventurado o servo que tanto ama e respeita o seu confrade quando está longe como se estivesse perto nem diz na ausência dele coisa alguma que não possa dizer na sua presença sem lhe faltar à caridade.

3. Mt 18 – O Sermão da Comunidade: da vida em sociedade e comunhão fraterna.

São tratados todos os eventos num agrupamento humano: a questão da liderança e o poder (“quem é o maior?”), a humildade no serviço aos outros (“tornar-se como esta criança”), o escândalo inevitável e a advertência (“ai do mundo por causa dos escândalos”), a necessidade da autodisciplina e poda (“cortar a mão ou o pé, arrancar o olho” //mão=símbolo de ação - cortar a dolosa; pé=símbolo da conduta - cortar a desonesta; olho=símbolo da visão e do olhar - arrancar a cobiça ilícita), respeitar os humildes e pequenos (“não desprezeis um destes pequenos”), inclusão de todos (“ir à procura da ovelha que se extraviou”), uma metodologia de três níveis para a correção fraterna: interpessoal, pequeno grupo, comunidade, se o indivíduo mesmo assim não quiser se corrigir fez a sua opção é um estranho à comunidade (1. “só tu e ele”, 2. “toma uma ou duas testemunhas”, 3. “diga-o à igreja”/comunidade), a eficácia na prece da união de duas vontades (“se dois de vós concordarem em pedir alguma coisa, isto lhe será concedido por meu Pai”), o sacramento da união de vontades (“onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, ali eu estarei, no meio deles”), a medida infinita do perdão (“Até sete vezes? Até setenta vezes sete!”)

4. Segunda Leitura do Ofício Das Leituras da II Semana do Tempo Pascal.

5. Oração de São Tomás Moro (1478-1535), o patrono dos políticos (vejam o filme: “O Homem que não Vendeu a sua Alma/ The Man For All Seasons") :

“Dai-me, Senhor, uma boa digestão

e também qualquer coisa para digerir.

Dai-me a saúde do corpo, com o bom humor necessário para a conservar.

Dai-me, Senhor, uma alma santa que saiba aproveitar o que é bom e puro,

e não se assuste à vista do pecado,

mas encontre a forma de colocar as coisas de novo em ordem.

Dai-me uma alma que não conheça o tédio, as murmurações, os suspiros e os lamentos,

e não permitais que sofra excessivamente por essa realidade tão dominadora que se chama ‘eu’.

Dai-me, Senhor, o sentido do humor.

Dai-me a graça de entender os gracejos,

para que conheça na vida um pouco de alegria e possa comunicá-la aos outros.

Assim seja.”

23/abril/2020 -Noviciado São Benedito, Montes Claros -Frei Basílio de Resende ofm

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2 Comments


angelamaia74
May 19, 2020

Profundas reflexões...

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Te
Apr 25, 2020

Muito bom! A porta do céu é estreita, mas nossa confiança em Deus tem que ser Gigante. Nosso Criador é Toda Misericórdia!

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